Quando as sondas Viking da NASA analisaram a superfície de Marte em meados da década de 1970, detectaram pequenas quantidades de compostos orgânicos.
Eram formas microbianas básicas de
vida, fundamentais para qualquer evidência de organismos mais complexos.
Na época, no entanto, essas
descobertas foram descartadas como contaminantes da Terra que vieram das
próprias sondas.
Esta semana, em uma reunião de
palestrantes de alto nível sobre o tema da vida extraterrestre, o astrobiólogo Dirk Schulze-Makuch afirmou que os compostos não eram necessariamente
remanescentes da Terra.
Quando as amostras do lander foram
descobertas, explicou ele, foi adicionada água a elas com a suposição de que,
em um ambiente úmido, os micróbios se tornariam mais energizados e mais fáceis
de examinar.
Em vez disso, a hidratação pode
ter feito o oposto, basicamente afogando as amostras.
Na visão de Schukze-Makuch, só há
uma maneira de testar a hipótese de que esses compostos são nativos de Marte.
"Precisamos de uma nova
missão a Marte dedicada principalmente à detecção de vida",
argumentou.
"Mal posso esperar para tal missão começar."